terça-feira, 31 de agosto de 2010

ROSTOS

Retomo esta série com um pequeno conjunto de fotografias encontradas por entre o espólio da tia Etelvina e do Sr. Casimiro.

Será que esta, que publico hoje, vai avivar mais memórias on-line do que aquelas que avivou presencialmente? Espero o contributo de muita gente para ajudar a identificar as pessoas (grande parte delas bem reconhecíveis, em minha opinião) e para descobrir o lugar onde foi tirada a fotografia. Caro "Anónimo de nome próprio", ninguém me levará a mal se disser que estou na expectativa do seu comentário.

Lembro que todas as fotografias se podem ampliar clicando sobre elas


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LUGAR - Teixedo?

1 - tia Glória ?
2 - Adriana do Outeiro
3 - Elisa
4 - Albino
5 - Maria Angélica
6 - Sarinha?
7 - tia Julieta (do Gomes)
8 - Helena (do tio Mandinho)
9 - tio Aniceto
10 - João da tia Julieta
11 - Ernestina (do tio Hermenegildo) ? Mavilde (do tio Aniceto) ?
12 -
13 - Maria do Rosário
14 - Helena (da tia Maria Silva)
15 -
16 - Maria Helena (da tia Helena e da tia Fernanda) ?
17 - Teresinha
18 - Guiomar
19 - Isabel (irmã da Guiomar)
20 - tia Lídia
21 - Teresa (da tia Ofélia)
22 -
23 - tia Julieta (do tio Eurico)
24 - Fatinha (da tia Julieta)
25 - tia Helena (irmã da tia Julieta)
26 - Sr. Casimiro
27 - tio Jaime
28 - Carlos (da tia Amélia)
29 - Bagueixe
30 - Eurico (do tio Sebastião)





domingo, 29 de agosto de 2010

A FESTA

De manhãzinha, as mulheres preparam as carnes e tudo quanto é preciso que se faça no próprio dia. Muitas continuam a acender o forno que enchem com o seu almoço e com o dos vizinhos que lhes pedem que façam o favor. Foi assim com a tia Eduarda e connosco. Mas desta vez, a tia Eduarda muniu-se de uma pilha, para poder espreitar melhor lá para dentro!

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Enquanto e não, os mordomos recebem a banda e percorrem o povo

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A missa foi ao meio-dia, seguindo-se a procissão.





Quando chegámos a casa, todos tínhamos a mesa posta e o almoço servido. O arraial, como é de tradição, decorreu por entre os assobios do vento. Este ano voltou o fogo de artifício. É verdade que foi um espectáculo muito bonito e que havia licença dos bombeiros, mas não sei se a beleza justifica os riscos.




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Os vídeos são do Rui Freixedelo.

A FESTA: PREPARATIVOS

Este artigo (e o próximo) devia ter sido publicado na semana passada, mas desde há quinze dias que, em Rebordaínhos, internet nem vê-la, pelo menos em casa de meus pais. Mesmo atrasado, creio que é meu dever dar conhecimento de alguns aspectos da nossa festa que, este ano, aconteceu no passado dia 22.

A festa é uma trabalheira enorme: mordomos da festa e de todos os santos e quem se queira associar lançam mãos à obra...

primeiramente limpa-se a igreja - afinal, é a casa de Deus!

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Depois compõem-se os altares e os andores...

Estas fotografias e as dos andores servem como prova de que tudo sai da imaginação e da habilidade das mãos das mulheres da nossa terra. Para os altares, a Tilinha, a Augusta e a Fernanda. Para os andores, as mesmas, mais a Lúcia, a Jacinta, a Silvina, a Ondina e a Lurdes.


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...e o resultado é este!
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Bem mereciam descansar, mas às mulheres espera-as, ainda, intenso trabalho nas suas casas.

sábado, 14 de agosto de 2010

SER TRANSMONTANO

Por

abcd

O facto de sermos transmontanos não é por si só condição para sermos transmontanos.
Mas então o que é ser transmontano?

Eu, que nasci e vivi em Trás-os-Montes, tenho para mim que não chega possuir estas duas condições para se ser designado transmontano. Creio que existe algo mais, que caracteriza essas misteriosas pessoas, algo que nos traz recordações de um passado onde alguns se sentavam em blocos pesados de granito que formavam as escadarias frescas e que serviam para pôr a conversa em dia. Sentavam-se sujos do pó que haviam ganho nas terras duras e agrestes que os desafiavam todos os dias, repousando as mãos calejadas e fortes nos joelhos cansados de andar por entre giestas teimosas e carvalhos divinos. Alguns, mais gastos pela vida, pousavam a cabeça e a coragem num pau feito à medida, e olhavam quem passava com uma ternura nos olhos e um cansaço na alma impossíveis de descrever.


As mulheres, verdadeiras guerreiras, vestiam-se quase sempre de preto, porque quase sempre eram viúvas, ou irmãs de viúvas ou tinham simplesmente um acto de solidariedade para com outros que estivessem de luto. No avental, que também era negro de luto, as mulheres quase sempre traziam uma côdea de pão no bolso, que servia para ir mastigando à medida que calcavam os caminhos de terra batida em busca da rotina e do ganha-pão. Carregavam espalhadouras no ombro e ajudavam os homens na lavoura pesada, porque podiam, porque eram fortes, porque não lhes pesava o facto de terem nascido mulheres, porque eram transmontanas. E se alguém lhes dizia para pararem, respondiam com o lenço preto a esvoaçar que tardava em se ajustar à cabeça, e quando este encontrava por fim o lugar habitual, fazia aquilo para que tinha sido criado, afastar o calor das cabeças daquelas mulheres corajosas, e elas faziam aquilo para que tinham nascido…porque afinal de contas, eram transmontanas.


Os homens, duros como as fragas, ouviam quase sempre as mulheres e delas bebiam a energia que os alimentava. Não posso deixar de referir que existiam alguns que batiam nelas, que as humilhavam e que as destituíam do posto que Deus lhes havia dado. Mas o tempo, que é a arma de Deus, encarregava-se de dar a razão e o luto às mulheres deixando esses homens feridos entregues ao mistério divino. Porém eram estes e outros que tornavam as paisagens transmontanas repletas de fotografias mentais, onde se podiam enxergar eles e as cabras, as ovelhas, as vacas, ou a terra remexida, ou a lenha no sequeiro, ou simplesmente os passos pesados de um velho que saía da taberna depois de jogar ao chincalhão.

Podendo cair em contradição, digo que bem lá no fundo todos somos transmontanos, mas existe uma pequena diferença que nos afasta deles, dos verdadeiros e puros transmontanos, e é essa diferença que nos dá tantas saudades da nossa aldeia, que nos faz recordar com mágoa aqueles que já foram, que nos faz ver a muito custo que essa aldeia envelhece, que nos faz chorar interiormente pelas mortes que vão levando os últimos resistentes, as pedras, os pilares de Trás-os-Montes. É uma diferença muito ténue mas ao mesmo tempo divide-nos ao meio…

Eles decidiram ficar…

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

CONVÍVIO







A reportagem do convívio pode ser vista na página da ASCRR. Esta fotografia é para aguçar o apetite.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

CONVÍVIO DA ASCRR

É já no próxmo domingo, dia 8 de Agosto, que se realizará o convívio organizado pela ASCRR. Estes convívios, lembro, mais do que reunir sócios, pretendem congregar toda a comunidade e é por isso que todos fazemos falta.

O programa é o seguinte:

11.30h - Missa

13 h - Almoço no espaço do recreio do edifício da escola.

Até lá!